Educação e Aprendizagem

As avaliações escolares e quando procurar ajuda

Nathalie Marques

Menina sentada numa sala de aula

Entre o início das aulas e a primeira avaliação do período ou do semestre, as crianças e jovens vão demonstrando os seus conhecimentos, mas acima de tudo, as suas competências para a aprendizagem, as suas potencialidades e as suas fragilidades. Frequentemente, são apresentadas dificuldades específicas de aprendizagem, como leitura e escrita, mas também comportamentais e emocionais, e também do foro do neurodesenvolvimento, como o défice de atenção e hiperatividade.

Que tipo de observações podem vir nas avaliações que levam à procura de um especialista?

Ao nível das dificuldades específicas de aprendizagem, falamos de desafios ao nível da leitura e escrita, comumente designado de dislexia, disortografia e/ou disgrafia.

Relativamente ao comportamento, salientam-se dificuldades em os professores gerirem o comportamento dos alunos por estes serem sentidos como opositores, provocadores ou insubordinados ou haver constantes conflitos com os colegas. Ainda, podem mencionar dificuldades por falta de iniciativa, timidez excessiva ou incapacidade de desempenharem as tarefas necessárias.

No domínio emocional, são identificadas dificuldades ao nível da ansiedade, desmotivação, choro fácil ou irritabilidade e estes interferem negativamente no desempenho, por exemplo em contextos de testes, apresentações orais ou outros momentos avaliativos.

Ainda, podem ser identificadas dificuldades descritas como Hiperatividade e Défice de Atenção, ou outras questões como o Autismo, pertencentes às questões do neurodesenvolvimento.

O que explica ser maioritariamente nesta altura que os pais são alertados?

Ao longo dos meses, as crianças e jovens, ao estabelecerem-se no contexto escolar, ao realizarem tarefas e terem momentos de avaliação, acumulam informações que levam a questionar possíveis causas para um desempenho abaixo do esperado. Ou ainda, na relação percebem as características dos jovens que poderão estar a comprometer o seu bem-estar psicológico e/ou social.

Com o aumento gradual da complexidade dos conteúdos, vai-se tornando cada vez mais claro que há um potencial nos alunos, mas que este não está a ser alcançado pelas diferentes situações acima mencionadas. 

Perante este cenário, que exige que haja dados mais concretos para informar os pais, apenas no final destes períodos escolares é possível dar algum feedback nesse sentido.

O que poderá fazer o profissional de Psicologia, da Terapia da Fala ou do Coaching Infantojuvenil?

A procura de um profissional permite ajudar a identificar possíveis causas que possam estar a interferir no desempenho ou ambiente escolar. 

Para responder a estas questões, o profissional inicia um processo de avaliação (na Psicologia e na Terapia da Fala) e faz articulação com os profissionais envolvidos no seu processo educativo.

A partir daqui, os resultados permitirão criar um plano terapêutico e recomendações para que possam ser tomadas decisões que poderão evoluir para acompanhamento, encaminhamento para serviços específicos e/ou a inclusão em medidas especiais que beneficiarão o aluno. 

Se está a precisar de ajuda para o seu filho, contacte-nos e marque uma consulta. Juntos iremos encontrar uma solução.

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