Parentalidade

Autismo: “Eu Estrou Aqui e Vejo-te” - Como Criar Relações Afetivas Com a Criança?

Paula Rodrigues

Criança e adulto a sentados no chão a olharem um para o outro

Em consulta, são muitos os pais que relatam sentir dificuldade em criar uma conexão com a sua criança e fomentá-la. Quando, em conjunto, vamos investigar como é que estas tentativas de conexão ocorrem, percebemos que é necessário adaptar algumas crenças que estão presentes e moldar a forma como os pais procuram chegar à criança.

As crianças autistas apresentam uma forma diferente de se relacionar e de brincar – uma das principais vias de conexão. É fundamental que o adulto coloque dentro de uma caixa a cadeado todas as ideias formatadas que tem e que abra as portas para a criança que está à sua frente, sem julgamentos. O adulto precisa de estar disponível para novas formas de explorar, agir e atuar. Para isso, é necessário investir tempo em observar a criança, compreender o que lhe desperta a curiosidade e uma coisa muito importante: imitá-la.

Imitamos os sons que produz, os gestos que faz e a forma como explora os objetos. Se ela alinha, vamos alinhar com ela. Se ela se levanta e abana as mãos porque está feliz, retribuímos essa satisfação e poderemos até imitar a sua expressão. Imitar é demonstrar à criança que estamos presentes, disponíveis, de braços abertos, interessados nela e no que faz, a tal ponto que fazemos como ela. Com isto, a criança sente-se vista, reconhecida.

Existirá maior trampolim para a conexão do que sermos reconhecidos pelo outro?

Nas sessões de Terapia Psicomotora da Impacto os pais são convidados a juntarem-se à caminhada, abandonarem ideias pré-concebidas, compreenderem (verdadeiramente) o Autismo, libertarem tensões ou bloqueios que os impedem de atuar de outra forma e alinharem-se com a criança.

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