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Infância e Juventude
O bullying é um fenômeno cada vez mais discutido e tema de grande preocupação entre pais e profissionais. Devido aos impactos psicossociais e até mesmo físicos, é extremamente importante todos estarem atentos aos comportamentos de proteção à criança e ao adolescente e aos sinais mais frequentes apresentados pelas crianças alvos de bullying.
Maioritariamente, as situações de bullying acontecem no ambiente escolar, contudo, o bullying na infância e adolescência não se propaga apenas na escola ou nas suas imediações. A internet tornou-se um meio condutor para casos de bullying, onde os agressores têm uma plataforma perfeita para causar o terror com a vantagem de puderem permanecer na sombra.
O bullying na infância ou adolescência é um assunto sério que deve ser detetado a tempo, para que não tenha sérias repercussões na vida adulta.
É importante falar diretamente sobre o bullying com as crianças e abrir espaço ao diálogo e à partilha para podermos esclarecer as dúvidas da criança.
“O que é que significa bullying para ti?”, “Como é que são as crianças que são bullies?”, “Sentes receio de algum colega?”, “Porque é que achas que as pessoas fazem bullying?”, “Numa situação de bullying em que adultos confiavas?”.
Para algumas crianças pode ser difícil falar sobre situações de bullying e podem não responder a perguntas diretas sobre o tema. Nesses casos, em vez de perguntar diretamente se estão a ser vítimas de bullying, procure fazer questões sobre como foi o seu dia e observar alterações no seu comportamento, dando-lhe oportunidades de falar consigo sobre como se sentem. Outra forma, pode ser aproveitar uma situação na televisão e usá-la como um início de conversa: “O que pensas sobre isto?” ou “o que achas que aquela pessoa devia ter feito?”. Estas perguntas podem levar a outras, como “já viste situações destas acontecerem?”, “já experienciaste uma situação assim?”. Também pode ser útil falar sobre a própria experiência ou a de um membro da família.
Existem vários indícios de que uma criança pode estar a sofrer de bullying. Partilhamos alguns sinais de alerta, para que fique atento à sua criança.
Às vezes as crianças/jovens sentem que o bullying acontece por culpa própria, que se tivessem agido de forma diferente, não teria acontecido. Às vezes, têm medo que o bullie descubra que contaram a alguém e que tudo piore. Outras têm receio que os pais não acreditem nelas ou não façam nada para as ajudar ou que as instiguem a lutar como resposta.
Se o seu filho teve coragem para partilhar consigo a sua experiência de bullying não menospreze ou desvalorize a situação, ouça-o com atenção e empatia e elogie-o por ter tido essa coragem.
Se sabe ou reconhece sinais de que o seu filho possa fazer bullying é importante tentar ajudá-lo a mudar os seus comportamentos e atitudes negativas face aos outros. As crianças/jovens que fazem bullying têm maior probabilidade de se envolverem com comportamentos anti- -sociais e atividades violentas.
Considere seriamente o problema e resista à tendência para negar ou desvalorizar a gravidade do problema. O bullying não é um comportamento “normal” nem “faz parte de crescer”. Faça ver à criança/jovem que o comportamento é inaceitável e ajude o seu filho, com base nos seus pontos fortes, a desenvolver padrões de reação menos agressivos e mais empáticos.
Partilhamos algumas formas de abordar o assunto:
Para lidar com situações de bullying infantil não basta tomar atenção à vítima, negligenciando o agressor. É fundamental perceber que são ambos lados da mesma moeda e que devem ser acompanhados: auxiliando a vítima a lidar com a situação e a ultrapassar os seus efeitos negativos e ajudar o bullie a alterar os seus padrões de comportamento, identificando a raiz do problema.
Se identifica sinais de bullying no seu filho ou aluno e não sabe o que fazer com a situação, podemos ajudá-lo! Poderá solicitar o apoio através do nosso programa de coaching infantil e juvenil ou consultas de psicologia.
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