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Infância e Juventude
A Adolescência é um período crucial ao nível do desenvolvimento, onde os jovens experienciam desde mudanças corporais até evidentes desafios emocionais e sociais. A vergonha é uma das emoções mais complexas e que pode ser experienciada de uma forma particularmente intensa durante a adolescência. Emerge quando se percecionam como foco da atenção ou alvo de avaliações por parte dos outros, principalmente quando não se regem pelas normas, regras e expectativas valorizadas pela sua família e pares. Por isso, este é também um período onde os jovens se encontram numa posição de maior vulnerabilidade e mais influenciáveis às opiniões dos outros, levando ao isolamento social, baixa autoestima, problemas de ansiedade (nomeadamente em situações sociais).
1. Se numa situação social o seu filho se encolhe ou baixa a cabeça, poderá refletir um desejo de se esconder, fugir ou desaparecer.
2. Se o seu filho costuma ficar muito vermelho ou suar em situações sociais ou que seja o centro das atenções, estas podem ser respostas fisiológicas à vergonha.
3. Se o seu filho costuma não acreditar nas suas capacidades, utilizando comentários negativos de autocritica constante, poderá estar a expressar sentimentos de vergonha e de baixa-autoestima.
A investigação tem demonstrado como os pais desempenham um papel importante na forma como os jovens experienciam e lidam com a vergonha, e é crucial que compreendam como as suas ações podem afetar o bem-estar emocional dos filhos.
1. Criar um ambiente de comunicação aberta: Pode encorajar os seus filhos a expressarem e a partilharem as suas emoções e experiências do dia a dia. É importante demonstrar que está a ouvir o ponto de vista do seu filho.
2. Demonstrar apoio emocional: Reconhecer os esforços dos seus filhos, irá ajudar a que este olhe para si mesmo de forma positiva. Reconheça os seus interesses e capacidades.
3. Evitar o uso de críticas pessoais: As críticas devem ser construtivas e focadas no comportamento, não na pessoa.
4. Crie um espaço para a partilha de erros e falhas, incentivando para a oportunidade de crescer, aprender.
Artigo enquadrado na dissertação de mestrado “Pai, Mãe, Tenho Vergonha!”
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